A Munganga Promoção Cultural

A MUNGANGA PROMOÇÃO CULTURAL: O Brejo Isso!

segunda-feira, 20 de maio de 2019

PADRE PEDRO INÁCIO RIBEIRO - BIOGRAFIA

  A Munganga disponibiliza a biografia desse querido Sacerdote. 

"O Santo do Sertão" foi idealizado pela saudosa Maria Santana Leite (Marineusa) e publicada pela Fundação Memorial Padre Pedro Inácio Ribeiro, em 2002.


PADRE PEDRO INÁCIO RIBEIRO

O SANTO DO SERTÃO
UMA BIOGRAFIA


Capa do livro "O Santo do Sertão", lançado em 2002.

Apresentação

    Existem coisas na vida que são fáceis de compreender por seu caráter direto. Outras, ao contrário, são paradoxalmente complexas exatamente pelo excessivo simplismo em que se expressam. Assim é a vida e a história deste singelo homem de Deus. O padre Pedro Inácio Ribeiro será, sempre uma fonte inesgotável de sabedoria, posto que, ao exemplificar a pauta quotidiana dos seus dias, fincou no solo sementes do mais puro amor.
    A excelente escritora/pesquisadora Marineusa Santana sabe discorrer muitíssimo bem sobre todo o tempo de incubação deste reconhecimento que aflora nos nossos dias, na nossa pele sensível, sobre a saga dos nossos bravos e heroicos construtores, homens que nos trouxeram um cidadão da envergadura santificada deste nosso, hoje, conterrâneo. O assunto vai se tornar uma impregnação em cada pessoa que busque o amago das razoes passageiras e efêmeras dos porquês da velocidade vital de cada ser mortal. Haverão de encontrar na mansidão, humildade, fé, caridade, desapego material, abnegação, resignação, um perfil para amainar a sua ânsia de resposta. Estas, por sua vez, os levarão inevitavelmente a figura deste paciente sacerdote, cuja sabedoria de vida estava baseada nas pilastras pregadas pelo Criador, Pai Eterno.
    Algumas ações têm sido realizadas até o momento. O Memorial Padre Pedro Inácio Ribeiro é uma constatação inequívoca da participação da comunidade na busca de relembrar os seus valores, especialmente a sua história religiosa. Temos a certeza que descobrimos em tempo hábil a fonte para pesquisar e nos aprofundar sobre a vida e o exemplo do padre Pedro. Ainda somos lembranças vivas da sua presença. Mais ainda, temos testemunhos vivos dos que tiveram o privilégio não apenas da sua convivência, mas também da ação de traze-lo ao nosso meio, ao nosso convívio. Todos os componentes da equipe responsável pelo Memorial serão incansáveis para contribuir de forma decisiva para o resgate de um valor que estava adormecido e guardado nos corações de um povo devoto. Particularmente tenho orgulho desta história. Tenho orgulho da nossa geração. Tenho orgulho do meu povo.

    Luis Carlos Martins, em Brejo Santo/CE, 2002.

Dados Bibliográficos

    Padre Pedro Inácio Ribeiro nasceu em Missão Velha - Ceará, aos dezenove dias do mês de maio do ano de mil novecentos e dois (19.05.1902). Foi o único filho do sexo masculino do casal Joaquim Inácio Ribeiro e Maria de Jesus Castro. Teve por avós paternos Jose Inácio e Maria de Jesus Ribeiro e maternos, Joaquim de Castro e Alexandrina Maria da Conceição. Eram suas irmãs: Irinéia, Firmina (D. Santa), Maria e Diocina de Jesus Ribeiro. Estudou no Seminário Episcopal do Crato, fundado em 1875 por Dom Luiz Antônio dos Santos, primeiro bispo do Ceará. Em 1925 cursou o Seminário Maior, quando figurou como clérigo do Curso Teológico do Seminário São José, em Crato.

Ordenação

    Padre Pedro Inácio Ribeiro foi ordenado através do Seminário Episcopal do Crato, no dia 17 de abril de 1927, pelo Bispo Diocesano Dom Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva, na Sé Catedral de Nossa Senhora da Penha. Celebrou sua primeira missa na cidade do Crato, na referida igreja, em 21 de abril do mesmo ano.

Seminário Episcopal do Crato, 1925.


Vida Religiosa

    Padre Pedro Inácio Ribeiro foi vigário da cidade de Santanópole (atualmente Santana do Cariri - CE), coadjutor do Crato e de Missão Velha antes de assumir a Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, em Brejo Santo, onde permaneceu de 1° de Janeiro de 1930 até 03 de Janeiro de 1973 (data do seu falecimento).


Padre Pedro assumiu a freguesia da vila de Brejo dos Santos em 1° de janeiro de 1930.

A vocação católica de um povo

    Em 1929, quando o padre Raimundo Nonato Pita deixou a vila de Brejo do Santos, indo residir em Porteiras, a Paróquia do Sagrado Coração de Jesus ficou algum tempo sem Pároco, motivo pelo qual o farmacêutico João Anselmo e Silva manifestou a intenção de trazer um Ministro protestante para guiar o rebanho da localidade. A ideia do mesmo preocupou os paroquianos, provocando uma mobilização imediata que culminou com a formação de uma comissão com a finalidade de buscar ajuda junto a Diocese. Os Srs. Francisco Gomes da Silva Basílio (Presidente dos Vicentinos), Heráclito Alves de Moura e Manoel Leite de Moura (Intendente Municipal) viajaram a cavalo de Brejo Santo até Missão Velha, de onde tomaram o trem com destino ao Crato. Eles almejavam, através do Monsenhor Joviniano Barreto (Reitor do Seminário São José), uma audiência com o Bispo Diocesano. Dom Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva os acolheu e designou imediatamente o Padre Pedro Inácio Ribeiro para vigário da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, na até então vila de Brejo dos Santos. O Sacerdote nomeado esteve, portanto, na Vila para celebração da missa do Natal de 1929, mantendo ali o seu primeiro contato com o povo que viria a ser o seu rebanho oficialmente a partir de 1° de janeiro de 1930.

Chegada de padre Pedro a vila de Brejo dos Santos 

    O padre Pedro Inácio Ribeiro chegou a vila de Brejo dos Santos no final do ano de 1929, onde foi acolhido calorosamente pela população ao som da banda de música, no chalé do Intendente Municipal, o Sr. Manoel Leite de Moura. Hospedado por essa família, o recém chegado Vigário pernoitou nos aposentos do jovem Mario Leite Tavares, filho do anfitrião. Enquanto era feita a reforma da casa paroquial, doada pelo Sr. Joaquim Inácio de Lucena (coronel Quinco Chicote), o sacerdote fez refeições com a família Leite de Moura por um período de trinta dias, indo dormir na casa de propriedade do Sr. João Nicodemos da Silva, na antiga Avenida Santos Dummont (atual Av. Antônio Denguinho de Santana), na vizinhança do Sr. major José Francisco da Silva, tendo como acompanhante o já referido Mario Leite Tavares.

Aspecto da vila de Brejo dos Santos no início da década de 1930.


A família de padre Pedro

    Ao fixar moradia na casa paroquial (atual residência das Irmãs Sacramentinas), à Rua da Igreja Matriz, o padre Pedro teve a companhia de suas irmãs: Firmina (D. Santa), Maria e Diocina, com quem conviveu até seus últimos dias de vida. A sua quarta irmã, Dona Irinéia, era casada e residia na cidade de Crato, vindo morar com o restante de suas irmãs bem mais tarde, quando enviuvou. Residia também com a família, para auxiliar nos afazeres domésticos, Antônia Garcia (Dona Toinha), que era assessorada inicialmente por Maria Joaquina. Outra figura que convivia com a família Inácio Ribeiro era a do Sr. Manoel dos Santos, companheiro do padre Pedro nas viagens às capelas e até o distrito de Porteiras. Era conhecido pela alcunha de "Mané do Padre", sendo um verdadeiro amigo do Vigário nas horas de alegria e de infortúnio.

O sítio de padre Pedro

    Padre Pedro possuía um pequeno sítio na Taboqueira (atual Av. Coronel Basílio Gomes, nas proximidades do Serrote e do Cemitério São João Batista), adquirido do Sr. Manoel Toinho. Esta foi a sua única propriedade, seu único e simples bem material, já que o mesmo poderia ser considerado hoje como um mero lote de chão. Ali ele mantinha várias árvores frutíferas, como mangueiras, goiabeiras, coqueiros e bananeiras; tudo isso aguado com o precioso líquido de uma única cacimba. No período invernoso ele também fazia plantio de milho e feijão. Cuidar da terra era o seu lazer preferido e lá, vestido numa batina velha, ele passava suas poucas horas de folga entretido, manuseando uma enxada. Para ajudá-lo no sítio ele contava com a colaboração do amigo Pedro Paranhos. Residiam naquele local as Sras. Josefina (D. Zifina), Ermínia (D. Carmina) e Antônia Secundo, pessoas que com o passar do tempo trabalharam para a família do padre Pedro.

Padre Pedro em seu sítio na Taboqueira, década de 1960.


A Vizinhança

    Os primeiros vizinhos do padre Pedro foram as famílias Viana Arrais (D. Balbina, D. Altina e D. Pedrozinha), do Sr. Manoel Inácio de Lucena (coronel Manoel Chicote) e do Sr. José Jacinto de Araújo. Na década de 1940, vieram residir na então Rua da Matriz (atual Rua Manoel Inácio de Lucena) as famílias dos casais José Inácio e Silva e Maria Fernandes Pinheiro (Ioiô e D. Dorinha); João Emídio de Araújo (João Olegário) e D. Maria; Antônio Denguinho de Santana e Neusa Leite Basílio Santana; José Denguinho de Santana e Maria Alves Leal; Justino Denguinho de Santana e Maria Brito (Justo e Marquesa). Na década de 1950 foram seus vizinhos as famílias dos casais Dr. Cândido Alfredo Cruz e Maria Neli Nicodemos da Cruz; Manoel César Siqueira e Isaltina Lucena Siqueira; os professores Júlio Macêdo Costa e Neuzelide Pinheiro. Nas décadas de 1960 e 1970, foram também seus vizinhos: os casais Erivaldo Tavares e Jusmar Santana; o Sr. Laudeonor Macêdo Cruz e Terezinha Barros Macêdo; o Sr. Antônio Tavares de Figueiredo e Maria Alves Leal e suas respectivas proles.

Padre Pedro e a Comunidade

    Padre Pedro conquistou rapidamente a simpatia, o respeito, a admiração e o amor, não só da vizinhança, mas de toda a população do Município. A sua casa estava sempre de portas abertas para acolher a todos; e sua mesa pobre, porém farta, era sempre partilhada por todos. Costumava, nas festas juninas, ficar ao lado da fogueira em companhia dos vizinhos e amigos. Enquanto ardia a lenha verde faiscando ao vento, todos conversavam e brincavam alegremente, aquecendo-se ao calor também humano que reinava entre eles. Estava sempre atento aos problemas dos vizinhos e amigos, apoiando-os e orando por eles e com eles. A sua preocupação com o inverno e com a situação do agricultor era notória, interessava-se pelo bem estar do seu povo, do seu rebanho.

1932, Páscoa para os jovens. Padre Pedro se encontra ao centro da fotografia.

Padre Pedro e as Crianças

    Padre Pedro com seu jeito simples, sereno, humilde e amigo acolhia a todos carinhosamente, conquistando assim a todos os paroquianos, especialmente as crianças, a quem sempre dedicou muito carinho e atenção. O seu carinho pela criançada era tanto, a ponto de realizar batizados simbólicos das bonecas e de assistir aos dramas (peças teatrais) encenados por elas. A maneira do batizado era bem inocente, longe do que poderia ser profano: "Eu te batizo pela tua formosura. Não te dou os santos óleos porque não és criatura!". Após o encontro do catecismo, padre Pedro costumava sair para passeios em companhia das crianças. 
    lam até o Serrote, descendo até a Cacimbinha e voltando para a Igreja. Na calçada da mesma, ao lado da casa do Sr. Mizael Pinheiro (atual Clínica Sagrado Coração de Jesus), ou no patamar, as crianças eram agraciadas com prendas: bombons, pedacinhos de rapadura, amendoins, biscoitos, moedas etc. Ele parecia uma criança grande no meio das outras, pois se divertia também enquanto jogava as prendas para o alto, no intuito de que as crianças as alcançassem na maior algazarra. As vezes se tornava difícil encontrar as moedas que ficavam escondidas ou perdidas para sempre no tapete de capim verde ou na areia. Era costume dele acompanhá-las em piqueniques, sobretudo até o Cruzeiro do Serrote, onde a paisagem é muito bonita. 
    Ele sempre ouvia todas as crianças com atenção e respeito, valorizando-as e dialogando com as mesmas. Enquanto armava balanços nos galhos das arvores para as brincadeiras, contava histórias bíblicas, falava da natureza, de Deus, dos anjos, dos santos, da família, com sua metodologia e pedagogia próprias. Padre Pedro foi um grande amigo das crianças e por isso foi sempre amado por todas elas. A meninada inteira queria pedir-lhe a benção e beijar-lhe as mãos.

Padre Pedro com crianças na 1ª Eucaristia.

Apostolado

    Padre Pedro assumiu a Freguesia no dia 1° de Janeiro de 1930 e, seu primeiro ato como Vigário da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, foi o sepultamento da Sra. Antônia Leite, esposa do Sr. Cassiano Inácio Bezerra, residentes no sítio Garanhuns, conforme livro de Óbitos do arquivo da referida Paróquia, onde se verifica pela primeira vez a sua assinatura no mesmo ano. O Sacristão que o assistiu desde este primeiro ato foi o Sr. João Simplício do Nascimento.
    Tão logo se instalou em Brejo Santo, iniciou seu trabalho missionário tanto na zona urbana quanto na rural. Esteve sempre disponível ao atendimento dos fiéis, fosse no aconselhamento, nas confissões ou ministrando os sacramentos necessários e, porventura, solicitados. Para atender aos paroquianos da zona rural fazia caminhadas a cavalo ou, até mesmo, a pé. Padre Pedro assistia bem de perto as Irmandades e Associações da Igreja presentes na Paróquia, fato constatado em livros de atas, como os da Associação do Sagrado Coração de Jesus, onde sua assinatura evidencia sua presença como Diretor Local. As reuniões dessa Associação eram inicialmente realizadas nas primeiras sextas-feiras de cada mês, logo após a missa das seis horas da manhã, seguindo sempre o ritual de se ler primeiramente um capitulo do livro "Imitação de Cristo", de Tomas de Kempis. 
    A Liga do Apostolado da Oração (Associação do Sagrado Coração de Jesus) tinha nessa época a seguinte coordenação: Presidente Balbina Lídia Viana Arrais; Secretaria Altina Georgina Viana Arrais; Tesoureira Ana Tavares da Silva e Diretor Local Padre Pedro Inácio Ribeiro. Zeladores e associados do Apostolado do S. C. de Jesus eram incentivados a viverem a intenção geral do mês, como sugeria o Mensageiro; a rezarem pelas intenções do Santo Padre - O Papa- e a realizarem entronizações e renovações de entronização da imagem do Sagrado Coração de Jesus em suas residências, dos familiares e dos amigos. Padre Pedro esteve também ao lado dos Vicentinos em todos os momentos, apoiando-os e colaborando com as obras de caridade. Fundou a Pia União das Filhas de Maria Imaculada em 15 de agosto de 1934 e a Irmandade do Santíssimo Sacramento em 20 de junho de 1946. Mais tarde também fundaria a Irmandade da Ordem Terceira Franciscana, apoiado pelo padre Dermival de Anchieta Gondim, em 1956.

Coroação de Nossa Senhora na Igreja Matriz do Sagrado Coração de Jesus, década de 1940.


Calendário de Atividades

    No mês de Janeiro, em preparação da festa de Santa Inês, o padre Pedro costumava (nos idos de 1930 e 1940) realizar um tríduo preparatório e retiro com as Filhas de Maria Imaculada, finalizando todas as noites com a benção do Santíssimo Sacramento. Nesse mês celebrava-se também a festa de Santa Cecília. Em fevereiro, durante os três dias de Carnaval, o padre Pedro expunha o Santíssimo Sacramento a adoração dos fiéis, fazendo orações e preces em reparação as faltas ocorridas no mundo inteiro.
    Durante o mês de marco, ele celebrava o exercício do glorioso São José, sendo acompanhado por um grande número de fiéis que ali estavam por amor e devoção ao Pai Nutrício de Jesus, todas as noites.
    Na Semana Santa, em março ou abril, a programação era intensa e nem sempre ele contava com a colaboração de um sacerdote. O padre Cícero Coutinho costumava auxiliá-lo e, no ano de 1947, teve como Cooperador o famoso padre Antônio Vieira.
Maio, mês de Maria, tempo em que o terço era rezado com mais devoção. No final do mês eram feitas duas coroações de Nossa Senhora: uma pela Pia União das Filhas de Maria Imaculada e outra pelos fieis em geral.
    No dia 19 de maio, aniversário do padre Pedro; alunos, professores, paroquianos de modo em geral homenageavam-no e essa comemoração culminava com a Renovação da Entronização do Sagrado Coração de Jesus, na sua residência.
Os associados do Sagrado Coração de Jesus (Apostolado da Oração) e a Pia União das Filhas de Maria Imaculada faziam no mês de junho a guarda de honra ao Sagrado Coração de Jesus. Eram celebradas a novena, a missa solene e a procissão com grande pompa em homenagem aquele que é o Padroeiro da nossa cidade.
    Entre os sacerdotes que costumavam colaborar com o padre Pedro durante a festa do Sagrado Coração de Jesus, destacam-se as figuras dos padres Leopoldo Fernandes e Cícero Coutinho, sempre frequentes nesse gesto de solidariedade.
    A festa de Corpus Christi, que geralmente era enriquecida pela Primeira Comunhão das crianças, acontecia em maio ou junho, de acordo com o ano litúrgico.
No mês de julho eram realizados tríduos solenes que precediam as missas cantadas em honra a Nossa Senhora do Carmo e a São Vicente de Paulo (Patrono da Caridade).
    Aos quinze dias do mês de agosto, dia da Assunção de Nossa Senhora, a Pia União das Filhas de Maria Imaculada comemorava o aniversário de sua fundação com missa cantada e procissão com a imagem de Nossa Senhora das Graças, as vezes também seguida das imagens de Santa Cecilia e Santa Inês. Esta festa era precedida por um tríduo solene com ingresso de Santos Anjos. As crianças que haviam feito a 1ª Comunhão recebiam a fita roxa; as aspirantes (anjos que completassem 14 anos) recebiam a fita verde e as filhas de Maria (aspirantes que completassem 15 anos) recebiam a fita azul.
Em setembro era rezado o setenário em honra a Nossa Senhora das Dores.
    Entre as renovações de entronização do Sagrado Coração de Jesus destacavam-se nesse mês a da residência da Presidente do Apostolado da Oração (D. Balbina Lídia Viana Arrais) no dia sete e a da Escola Elementar de Tabocas, regida pela professora Firmina de Jesus Ribeiro (D. Santa), a Avenida Coronel Basílio Gomes, dia vinte e cinco. No mês de outubro, mês do Rosário, comemorava-se festivamente Santa Terezinha, uma das grandes devoções de padre Pedro. Geralmente nesta festa acontecia a primeira comunhão de crianças sob a orientação da Pia União. Um dos destaques desse mês era a Renovação da Entronização do S. C. de Jesus da Escola Elementar de Nascença, regida pela professora Rosa Alves Roberto, no dia 22. Durante o mês de novembro o padre Pedro celebrava a novena das almas na capelinha de São Miguel. 
    Paroquianos faziam a romaria ao cemitério durante a 1ª Semana, às seis horas da manhã, rezando em favor das almas do Purgatório. No último mês do ano celebrava-se a novena em honra ao Menino Jesus, a Lapinha regida pela catequista Maria Alacoque e a solene Missa do Galo. Em preparação a entrada do ano novo havia um tríduo de adoração e, no último dia do ano, Jesus Sacramentado era exposto das 18h às 24h. Na celebração da missa desta noite havia a comunhão dos pobres desamparados (cegos, velhos e aleijados).

Padre Pedro Inácio Ribeiro.


Padre Pedro e a Caridade

    Padre Pedro esteve sempre ligado aos problemas do povo brejo-santense. Na seca de 1932 ele distribuiu, em sua residência, mantimentos enviados pelo governo, gêneros alimentícios arrecadados por ele entre amigos para partilhar com o povo faminto. Naquele período ele costumava comprar, com a esportula da missa (cinco mil reis), pães, rapaduras, biscoitos, o que estivesse ao seu alcance para distribuir com as crianças famintas — gesto que se tornou costumeiro e o acompanhou por toda a sua vida. Ele era muito desprendido das coisas materiais, nunca se ouviu falar sobre nenhuma mesquinhez em seu caráter, pois não existia.
    Partilhou tudo o que tinha e o que era com o povo, especialmente com os pobres. Viveu a pobreza por opção pessoal. Tinha uma grande preocupação com o bem estar dos seus paroquianos e sonhava com um ginásio escolar, a fim de que todos os jovens tivessem a oportunidade de estudar e se promoverem na vida. Em 1957, com a ajuda do seminarista Tibúrcio Alves Grangeiro, do amigo Francisco de Assis Alves (Valmir Alves), do professor Júlio Macêdo Costa e de alguns paroquianos que compunham o Centro Educativo Brejo-santense (CEB) — Entidade Mantenedora, viu a realização do seu grande sonho: a fundação e a instalação do Ginásio Padre Abath, que daria o pontapé inicial na educação secundaria de Brejo Santo.

Padre Pedro sentado e à sua direita, o então vigário cooperador Dermival de Anchieta Gondim.
Segunda metade da década de 1950.


A saúde de padre Pedro

    Padre Pedro era muito disposto, pois gozava de boa saúde durante parte de sua vida. No final da década de 1940 foi acometido de hidropisia (barriga d'agua) e teve de se submeter a tratamento médico em Salvador - Bahia. Deslocou-se de Brejo Santo até aquele Estado acompanhado do Sr. José Matias Lacerda que dirigia o caminhão de outro amigo, o Sr. Antônio Denguinho de Santana. As despesas da viagem foram custeadas por este último com a ajuda de vários paroquianos. Todos os que podiam se dispuseram a ajudar o tão querido amigo. Após esse infortúnio na vida do padre Pedro a artrite reumatoide acometeu o Vigário. As dificuldades começaram a aparecer, pois os seus movimentos estavam pouco a pouco sendo comprometidos. No final da década de 1940 ele já sentia a necessidade de um Vigário Cooperador para nas tarefas ministeriais da Santa Igreja.
    Foram seus Vigários Cooperadores: Rubens Gondim Lóssio (entre 1948 e 1949); Luís Antônio dos Santos (entre 1949 e 1950); Manoel Pereira Bezerra (entre 1951 e 1956); Nicodemos Benício Pinheiro (entre 1956 e 1957) e Dermival de Anchieta Gondim (entre 1957 e 1973). A saúde do padre Pedro agravou-se e ele ficou preso ao leito durante duas décadas. Ficou incapacitado fisicamente para as funções ministeriais, mas continuou acolhendo todos, sentado na sua cadeira ou deitado no seu leito de dor. 
    Os fieis buscavam refúgio na lucidez tão sapiente do padre Pedro, fosse nas confissões, no aconselhamento. A verdade é que os que tinham acesso aos seus ensinamentos saiam confortados espiritualmente, pois o sorriso do padre Pedro não estava em sintonia com a imagem da dor transparecida por seu corpo físico. Nunca se ouviu falar de lamentos de sua pessoa, sempre estava a sorrir, servindo de fortaleza para os que se enfraqueciam com problemas fúteis.
     O padre Pedro perdeu a visão no início dos anos 1970, fato despercebido por quase dois anos, pois o mesmo não fazia nenhum comentário e nem muito menos se abatia com tal problema. Ele passou seus últimos anos de vida intercedendo por seus paroquianos, especialmente pela reza do terço de Maria, a quem muito amava, e das orações de São Geraldo Magela e de Santa Terezinha, a quem dedicava profunda devoção.
    Viveu santamente durante todo tempo, evangelizando pelo testemunho de vida.

Padre Padre já acometido pela artrite reumatoide.

Morte e sepultamento de padre Pedro

    Padre Pedro faleceu no dia 03 de Janeiro de 1973 na cidade de Brejo Santo - CE. Foi sepultado na mesma cidade um dia após seu falecimento, na Igreja Matriz do Sagrado Coração de Jesus. O seu corpo seguiu em procissão pelas principais ruas da cidade, deixando uma imensa saudade no coração dos que com ele dividiram momentos de vida. Seu tumulo é visitado diariamente pelos devotos, aumentando na medida em que se aproxima o dia tries de cada mês. Lá, os fiéis agradecem graças alcançadas e pedem sua intercessão ao Nosso Senhor por vários problemas.

Lembrança distribuída na missa de 7º Dia do falecimento
 do Padre Pedro Inácio Ribeiro.

O túmulo do padre Pedro está localizado na Matriz do Sagrado Coração de Jesus.


Homenagens Póstumas

    Em 1976, três anos após a morte do saudoso padre Pedro, o seu amigo Mario Leite Tavares, então Prefeito Municipal, homenageia-o, denominando a maior escola do Município daquele tempo como Escola de 1° Grau Padre Pedro Inácio Ribeiro. Nada mais justo esta homenagem aquele que durante 43 anos esteve à frente da Paroquia do Sagrado Coração de Jesus, guiando tão bem o rebanho instalado nessas terras; sobretudo por tal homenagem tratar-se de um estabelecimento de ensino, lugar para acolher crianças, pequenas criaturas a quem sempre nutria muita atenção, carinho e amor. A Escola Padre Pedro fica atrás da Igreja Matriz do S. C. de Jesus e foi inaugurada em 20 de Fevereiro de 1976, desde então vem prestando relevantes serviços a comunidade. Após a construção da pracinha da Igreja Matriz pelo Projeto Rondon em parceria com a anterior gestão do prefeito Mario Leite Tavares, o Lions Clube de Brejo Santo (tendo o Sr. Joaquim Carolino da Silva como presidente), juntamente com o prefeito Francisco Leite Lucena, reverenciaram o padre Pedro com a aposição de uma estátua sua no local onde se erigia o cruzeiro da Matriz, símbolo do arraigado catolicismo do povo da cidade.
    Em 23 de novembro de 1983, o casal Silvio Barroso Advíncula e Maria Simar Tavares Advíncula homenageiam o vigário com o nome de seu estabelecimento comercial: A Farmácia Padre Pedro. Esse foi o gesto encontrado para externar respeito por aquele que foi e é estimado pelo povo de um modo em geral. Em 31 de julho de 1996, o povo de Brejo Santo homenageou o Padre Pedro com uma rádio comunitária, tendo início com a liminar da 7ª Vara de Fortaleza - CE. A Rádio é dirigida pelo Sr. Francisco José Pereira (Tico RC), legalizada pelo Ministério das Comunicações através da Portaria n° 1690 em 28 de agosto de 2002. 
    Vinte e nove anos se passaram desde a sua ida ao céu e o Espirito Santo soprou sobre educadores ligados a cultura do Município a ideia de fazer o resgate histórico de sua vida, como preservação de um legado. Aos dezenove dias do mês de maio de 2002 (data coincidente com o centenário de vida do citado padre) foi inaugurado o Memorial Padre Pedro Inácio Ribeiro, objetivando preservar os valores plantados por esse Sacerdote em nossa terra, perpetuando um exemplo vivo nos seus objetos pessoais, acervos fotográfico e documental de sua vida. Foi de essencial importância o apoio da sociedade civil em geral, da Paroquia do Sagrado Coração de Jesus, da Prefeitura Municipal de Brejo Santo, do CDL e de vários comerciantes que se prontificaram em enfrentar o desafio de construir o primeiro museu da cidade. No dia 24 de agosto de 2002, quando da comemoração dos 112 anos de emancipação política de Brejo Santo, o Poder Legislativo Municipal concedeu ao Padre Pedro o título de cidadão brejo-santense, outorgado pela primeira vez in memoriam. Em sessão solene, as dez horas da mania daquele dia, na sede do Edifício Heráclito Alves de Moura, da Câmara Municipal, o monsenhor Dermival de Anchieta Gondim recebe o título por aquele que prestou relevantes serviços a comunidade de Brejo Santo. 
    Muitas crianças recebem o nome de Pedro em cumprimento de promessas feitas pelos pais, avos, familiares ou em gratidão por graças alcançadas por intercessão do nosso santo Vigário, tanto em vida como após sua morte. Padre Pedro pregou o evangelho com a vida, como fazem os santos a exemplo de Jesus. A maior homenagem a ele prestada até hoje é a devoção dos seus paroquianos no dia-a-dia, por reconhecerem a sua santidade e o seu poder de intercessão junto a Deus. Padre Pedro é considerado santo pelos seus paroquianos que tiveram a graça de com ele conviver e pelos que ouvem e sabem do seu testemunho de vida simples, pobre, pura e santa. Sobre ele muito bem escreveu o padre Antônio Vieira: "Se vocês duvidarem ainda da santidade da Igreja, se ainda paira alguma dúvida ou incerteza, vão a Brejo Santo e se deixem ficar alguns instantes ao lado do Padre Pedro Inácio, que vocês voltarão exclamando como os piemonteses quando se encontraram com São Francisco de Assis: vi hoje o Cristo na pessoa de um homem'". (Jornal O Povo, 1966, coluna O Canto do Vigário, posteriormente publicado no livro Eu e os Outros).

Escola de 1° Grau Padre Pedro Inácio Ribeiro, fundada em 1976.
A farmácia Padre Pedro foi fundada em 23 de novembro de 1983.

Rádio Comunitária Padre Pedro FM, fundada em 31 de julho de 1996.

Fundação Memorial Padre Pedro Inácio Ribeiro. Fundada em 2002 e fechada há mais de uma década.
Membros fundadores do Memorial Padre Pedro Inácio Ribeiro.

Você Sabia? 

    • O padre Pedro ao chegar a Brejo Santo já encontrou bem estruturada a Associação do Sagrado Coração de Jesus que havia sido fundada em 19 de março de 1908 pelo padre João Casimiro Viana Arrais e que seu primeiro diretório ficou assim constituído: Diretor Local Padre João Casimiro Viana Arrais; Presidente Balbina Viana Arrais; Vice-Presidente Antônia Leite Tavares; 1ª Secretaria Ignácia da Cunha Furtado; 2 ª Secretaria Altina Georgina Viana Arrais; 1ª Tesoureira Ana Tavares da Silva; 2 ª Tesoureira Maria Lica Bastos.
    • A Pia União das Filhas de Maria Imaculada foi fundada por padre Pedro em 15 de agosto de 1934.
    • O Relógio da Matriz do S. C. de Jesus foi feito por Perlúsvio Correia de Macêdo, em Juazeiro do Norte, sob encomenda do padre Pedro em 1936.
    • Os seminaristas João Teles de Carvalho e José Lucena da Rocha cantaram a missa celebrada por padre Pedro no dia 31 de Dezembro 1939.
    • Em abril de 1940 foi celebrada por padre Pedro, na Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, a Pascoa dos Rapazes.
    • Em 29 de junho de 1942, a festa do Sagrado Coração de Jesus se deu com enorme simplicidade, contando apenas de um tríduo e missa solene, devido a terrível seca que o povo atravessava.
    • A construção do Cruzeiro no cimo do Serrote foi uma orientação da presidente do Apostolado da Oração, D. Balbina Lídia Viana Arrais, para que esse gesto aumentasse e incentivasse a fé da nossa comunidade. A benção do Cruzeiro deu-se em 1° de Janeiro de 1943, após missa congratulatória celebrada ao pé do mesmo por padre Pedro Inácio Ribeiro.
Cruzeiro do Serrote.
    
• No dia 20 de abril de 1943, padre Pedro celebrou na Igreja Matriz a Pascoa das Moças e dos Rapazes, conforme livro de atas do Apostolado da Oração.
    • Em 19 de maio de 1943, foi realizada na Paroquia do S. C. de Jesus a 1ª Comunhão dos Flagelados, atingindo 41 o número de comungantes (sendo 29 meninas e 12 meninos), conforme livro de atas do Apostolado da Oração.
    • O Sr. José Gomes da Silva (Zé de Peixe) foi o barbeiro do padre Pedro durante toda a vida do vigário. Zé de Peixe também foi um dos músicos da banda que tocou na primeira acolhida ao Padre.
    • Os padres Cícero Coutinho e Leopoldo Fernandes Pinheiro costumavam colaborar com o padre Pedro na Semana Santa e na festa do Sagrado Coração de Jesus.
    • Em 03 de janeiro de 1946, o Diretor Local do Apostolado da Oração, padre Pedro Inácio realizou com os zeladores e associados a eleição para substituição da Secretaria Altina Georgina Viana Arrais, falecida em 14 de Fevereiro de 1946, após ter pertencido a agremiação por 37 anos e 11 meses.
    • Em 03 de março de 1946, padre Pedro e zeladores elegeram as seguintes secretarias para substituírem Altina, que acumulava todas essas funções: Secretária do Apostolado (Maria Silva); Secretária da Confraria de Nossa Senhora do Carmo (Sabina Gomes de Sousa); Secretária da Propagação da Fé (Rosa Alves Roberto); Secretária da Obra das Vocações Sacerdotais (Maria Gonçalves Leite).
    • Em 20 de junho de 1946, padre Pedro, em companhia de um grande número de fiéis, fundou a Irmandade do Santíssimo Sacramento, que teve no primeiro diretório: Presidente de Honra padre Pedro Inácio Ribeiro; Presidente Manoel Matias Sampaio; Vice-Presidente Joaquim Antônio de Figueiredo; 1° Secretario Clineu Cleóbulo Alencar; 2° Secretario Moacir Pereira; Tesoureiro Expedito Simplício dos Santos; Mesários Justino Denguinho, Antônio Bastos dos Santos, Joaquim Vicente Nogueira, Jovino Pires de França, Francisco Basílio, Heráclito Alves de Moura e Raimundo Rufino da Costa.
     • O padre Pedro mandava Zé de Domitilia trocar dinheiro todo fim de semana na bodega do Sr. Totonho Carlota e no armazém do Sr. Valter Moura, a fim de ter nos bolsos um número de moedas necessário para doar as crianças e aos pobres que o procurassem.
     • O padre Pedro era muito espirituoso e brincalhão e as vezes saia com certas piadas, como esta por exemplo: A paroquiana chega até o padre Pedro e indaga: "Meu padim, eu quero entrar nas Fia de Maria". O padre Pedro responde: "Entre na beata Bárbara, que é a mais gorda delas!"
    • O sino grande (o novo) da Matriz foi batizado com o nome de Pedro por sugestão de D. Balbina Lídia Viana Arrais, em homenagem ao querido padre Pedro.

O famoso sino da Matriz que leva o nome de "Pedro".

    • Todas as mulheres eram chamadas de Maria por padre Pedro.
    • O padre Pedro mandava sempre Zé Simplício (Zé Belé) ir pegar o cavalinho de D. Cecília, esposa de Euclides Basílio, no Ludovico, para ir celebrar nas capelas dos sítios e na cidade de Porteiras.
    • O padre Pedro censurava quem judiasse dos animais, de uma feita ele advertiu o vigário cooperador Luís Antônio dos Santos por correr muito e chibatar um cavalo.
    • Na década de 1960, o casarão da família Viana Arrais serviu de casa paroquial quando padre Pedro e família, juntamente com o padre Dermival, ali residiram por nove meses enquanto a permanente casa paroquial estava em reformas.

Casarão da família Viana Arrais.

    • O leite consumido por padre Pedro e família, desde que chegaram a Brejo Santo até a morte de D. Toinha, foi doado por Raimunda de Araújo Lima (D. Mundinha).
    • Em 19 de dezembro de 1949, a Igreja Matriz sofreu um desabamento parcial, matando dois operários e deixando gravemente ferido o coletor estadual Mizael Fernandes Pinheiro.
Igreja Matriz do Sagrado Coração de Jesus ainda com a antiga torre, antes do desabamento em 1949.

    • A primeira criança batizada por padre Pedro, quando o mesmo esteve em Brejo Santo em 25/12/1929 para celebrar a missa do Natal, chamava-se Antônio e havia nascido aos 15/12/1929. Seus pais eram Raimundo Inácio dos Santos e Maria Josefa da Conceição; seus padrinhos eram João da Cruz Oliveira e Izabel Maria da Conceição (livro de 1929 a 1934, folha 07, n° 43).
    • Os primeiros casamentos realizados por padre Pedro na Paroquia do S. C. de Jesus ocorreram no dia 15 de janeiro de 1930 e os nubentes eram os casais: Pedro Francisco dos Santos/ Maria das Dores da Conceição e Pedro Basílio do Nascimento/ Argentina Maria dos Santos (vide Livro de Casamentos de 18/12/1928 a 1935).
    • No ano de 1951, padre Pedro esteve tão doente a ponto do vigário cooperador Manoel Pereira e paroquianos mandarem confeccionar um caixão para seu sepultamento.
    • A reforma ou reconstrução da matriz teve início em julho de 1952 e terminou em outubro de 1954.
    • Em 2000, em pesquisa no Cartório Nicodemos Feitosa, uma das suas vizinhas da década de 1940, Maria Santana Leite (Marineusa), descobriu no livro A-03, o registro de nascimento do padre Pedro e de suas irmãs. Os mesmos foram lavrados de acordo com o Decreto n° 17710 de 18/02/1931 c/c o Decreto n° 22.037 de 31/10/1932. O tabelião atuante era o Sr. José Moreira de Araújo, escrevente do Cartório de Registro Civil, então situado a rua Coronel Ferraz, n° 07. Serviram de testemunhas os Srs. Manoel Leite de Moura e Jose Jacinto de Araújo, que assinaram o livro após o padre Pedro (próprio declarante na certidão). O assento foi lavrado em 14 de marco de 1933, quando o sacerdote já contava 31 anos de idade.

    Fonte Bibliográfica:

- LEITE, Maria Santana; Memorial Padre Pedro Inácio Ribeiro, O Santo do Sertão, Uma Biografia; 2002; Brejo Santo, Ceará.

    O historiador Armando Lopes Rafael, escreveu dois artigos sobre Padre Pedro e o Memorial que leva seu nome, no Blog do Crato. Segue os links abaixo:

Padre Pedro Inácio Ribeiro, O Santo do Sertão

Crônica do domingo: Padre Pedro Inácio Ribeiro, o santo de Brejo Santo
                    
    O Brejo é Isso!



    Bruno Yacub Sampaio Cabral

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