A Munganga Promoção Cultural

A MUNGANGA PROMOÇÃO CULTURAL: O Brejo é Isso!

domingo, 14 de junho de 2020

JOÃO PEREIRA LIMA BASTOS DOS SANTOS: "Eu me alimento de Cultura."


Faleceu em Fortaleza, no início deste mês, João Pereira Lima Bastos dos Santos, aos 96 anos, vítima de COVID-19. Seu João Lima, como era conhecido, principalmente na comunidade do Vieira; lá  construiu, com recursos próprios, um complexo, que denominou de Memorial Padre Antônio Gomes de Araújo, composto de sólida capela - dada por devoção a São Sebastião - e de instalações, onde pretendia agrupar uma biblioteca especial da obra completa do homenageado historiador brejo-santense.


Comprou briga com a Paróquia, quando trasladou os restos mortais dos pais para um mausoléu ao lado do templo. Ali também desejava ser sepultado. 

Nasceu em Brejo Santo, em 21 de dezembro de 1924, filho de Francisco Pereira Lima e de Maria Lica Bastos dos Santos. Realizou os primeiros estudos no casarão da professora Balbina, de 1936 a 1937, com a professora Altina Viana Arrais. Foi coroinha do padre Pedro Inácio Ribeiro.

Em Brejo Santo, de 1942 a 1945, foi regente e Cantor do Coro da Matriz (período de férias, dezembro e janeiro), sendo harmonionista a professora Rosa Roberto e cantores: Enedina, Geralda Simplício e os seminaristas José Lucena (Cabaceira); Daniel, da Gangorra; Valdir, de Milagres; Francisco das Chagas Araújo, cria do Pe. Pedro e D. Santa. Preparava as festividades de Fim de Ano, Noite de Festa, Tríduo do Menino Deus, Dia de Ano, Dia de Reis. As missas solenes dessa época eram acompanhadas pelas melodias incomparáveis, ao som de um órgão, e do Canto Chão (missa de angelis), alvoradas festivas com a Banda de Música regida por Mestre Olívio e demorados foguetórios. 

Nessa época, está matriculado no Curso Primário no Colégio de São Francisco, dirigido pelos frades franciscanos alemães, em Canindé. Entre 1946 e 1947, conclui o Curso Ginasial, no Seminário Seráfico de Messejana dirigido pelos Frades Capuchinhos italianos. Em 1948, cursou o noviciado no Seminário Maior dos Frades Capuchinhos, em Guaramiranga, onde também cursou Filosofia Mista (clássica), de 1949 a 1951. Neste ano, vive uma grande tragédia. O trem que pegara no Cariri envolve-se em grave acidente, nas proximidades da estação de Piquet Carneiro, por excesso de velocidade, em 17 de dezembro. Houve dezenas de vítima fatais. 

No Cariri e em Fortaleza, foi professor nas mais respeitadas instituições de ensino, a exemplo do Colégio Diocesano, Escola Normal Rural de Juazeiro do Norte e Colégio Santo Inácio, onde lecionou nas variadas áreas das ciências (Física e Química) e linguagens (Português, Francês e Latim) 

Foi profundo estudioso, concluindo diversas licenciaturas, incluindo Filosofia Pura, Letras e Teologia. 

Em 1994, escreveu um artigo de protesto, intitulado O CRIME CONTRA O TEMPLO DO SABER, em que expõe sua revolta pela derrubada do Casarão dos Viana Arrais.


Em 18 de setembro de 1997, iniciou as obras do memorial. Em 2002, ali instalou a Escola de Música do Poço, entidade filantrópica para o estudo da música teórica, solfejo, coral e instrumental, priorizando a música clássica, litúrgica. Foi mais ou menos nessa época que tive o primeiro contato com Sr. João Lima. Juntamente a dona Marineusa Santana, quando estávamos em visitas de campo para reunião do acervo das peças do Memorial Padre Pedro, realizamos vista a ele, que convivera com o santo padre. Com muito orgulho, ele nos convidou a adentrar o complexo e apresentar as benfeitorias e seus projetos, além de nos contar sua experiência com o aludido pároco.


Já agora, em janeiro deste ano, fui convidado pelo amigo Ronaldo Lucena, grande amante da história e cultura brejo-santense, a fazermos uma visita a Sr. João Lima, com quem ele desenvolvera fértil amizade, desde os anos 90. 


Uma das cartas enviadas por Sr. João Lima a Ronaldo Lucena
Fomos Ronaldo, Bruno e eu. Deparamo-nos com um homem extremamente frágil, pelo peso de muitos anos, mas de uma mente intacta de lucidez. Perguntado sobre o segredo daquela vivacidade da mente, como costumava dizer em outras ocasiões, afirmava que se alimentava de cultura. De personalidade forte, tivemos tempo para um papo sobre os mais variados assuntos, de padre Cícero a Chico Chicote, e uma visita guiada pelo templo, simples, mas de peculiar beleza, especialmente pelos lindos vitrais, que o idealizador mandou buscar no exterior. 



Estávamos curiosos por conhecer o acervo reunido do historiador Padre Gomes, mas Sr. João, naquele momento, disse que não o faria, porque não estava organizado do jeito que desejava. Ficou a promessa, que infelizmente não se concretizou. 

Abatido pela morte, o último desejo foi cumprido. O corpo foi transportado para Brejo Santo e sepultado ao lado da capela de São Sebastião, onde repousam os restos mortais de seus genitores. 


Por testamento, também em ato de última vontade, deixou todos os bens para a Diocese.

A comunidade religiosa e cultural, especialmente, deseja que o acervo seja administrado por mãos apaixonadas, seja preservado, divulgado, para que se perpetue como obra edificante. Rogo à Diocese que envide os esforços necessários a esse fim. Seria, inclusive, de bom alvitre a intervenção do Departamento Histórico Diocesano Pe. Antonio Gomes de Araújo e demais interessados na preservação da cultura brejo-santense, para que tomem ciência desse precioso acervo. 

O Brejo é Isso!

Hérlon Fernandes Gomes, Porto Velho,  14 de Junho de 2020

segunda-feira, 8 de junho de 2020

DEPUTADO WELINGTON LANDIM, UM HOMEM PÚBLICO DE IRREPREENSÍVEL TRAJETÓRIA – UMA HOMENAGEM PÓSTUMA (5 ANOS DE VIDA ETERNA)


Aquele que se detenha a estudar a história de Brejo Santo e de sua gente, em algum ponto da linha do tempo, deparar-se-á com um nome de destacado relevo. Poucos homens públicos conseguiram a façanha do deputado Welington Landim, político de respeito, com vinte e seis anos de vida pública dedicados, especialmente, à sua terra. 

José Welington Landim é o primogênito, de oito filhos, do casal Ivan Leite Landim e Terezinha Leite Lucena. Nasceu em Brejo Santo, em 14/11/1955, onde viveu a primeira infância e frequentou os primeiros estudos, auxiliando o pai, numa farmácia da família, onde identificou seus pendores para com a medicina. Gostava da infância de menino sertanejo, no sítio Vieira, na casa da tia Dona Iaiá, e no Baixio do Boi, num recanto materno, onde aprendeu a entrar em contato com a natureza e admirar as coisas simples da vida camponesa. 

Welinadja e Welington - 1ª Eucaristia

Aos onze anos, deixa o Cariri para continuar os estudos na capital cearense. No colégio dos jesuítas Santo Inácio conclui os estudos primários, época em que se fascina pela vida de São Francisco e seus ideais altruístas, influenciado pelo professor Padre Pedro, importante referência educacional para o resto de sua vida. 

No colégio de maristas Cearense segue a conclusão do ensino secundário. Sua alegria era poder retornar ao seu torrão natal, onde reencontrava os pais e os inúmeros irmãos. Desde tenra idade se compadecia da vida dos menos favorecidos e se condoía das desigualdades sociais de sua cidade, principalmente do Serrote, uma periferia sem nenhum saneamento básico, onde uma massa se aglomerava entre taperas vigiadas por urubus, a disputarem suas carniças. 

Em 1975, logrou aprovação no vestibular, para o curso de medicina, da Universidade Federal do Pernambuco. Muda-se, portanto, para Recife. 

Na capital pernambucana, é inspirado pela política estudantil e passa a frequentar e fazer parte dos diretórios acadêmicos, além de integrar-se a shows culturais e a ambientes da boemia recifense, a exemplo do próprio Anfiteatro da UFPE, a Mansão do Fera e o Bar da Apple, onde brilharam artistas como Quinteto Violado, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Lula Côrtes, Raimundo Fagner, Belchior, Zé Ramalho, Elba Ramalho, Amelinha e tantos outros, que se tornariam artistas do seu coração, para o resto da vida. 

Nesse fecundo contexto, tocado também pelas ideias libertárias que desafiavam a ditadura militar e, com o fim de agregar os universitários conterrâneos espalhados especialmente nos polos universitários do Nordeste, funda a Associação Universitária de Brejo Santo - AUBS, em 1976, da qual foi seu primeiro presidente.


A AUBS organizava as semanas universitárias, uma saudosa tradição de Brejo Santo. A praça Dionísio Rocha de Lucena era tomada por barracas e festejos, que se prolongavam até o sábado magro de carnaval. No Bar Caldeira do Inferno funcionava a “gerência” do movimento, que concentrava eventos de caráter social, de saúde, cultural e ambiental, mobilizando não só Brejo Santo, mas o Cariri como um todo. Os estudantes se reuniam para se divertir em gincanas engraçadas; jogar futebol; realizar júris simulados sobre casos polêmicos; assistir a palestras de personalidades importantes da nossa região; promover shows culturais e oferecer atenção e cuidado às comunidades carentes. 

1ª Semana Universitária de Brejo Santo, em 1976.
Presidente: Welington Landim. Vice: Paulo Torres.
Avelar, Flávio Denguinho, Niedja Tavares, Luis de Seu Carlos, Marcelo de Macedo,
Welington Landim, Marcílio Nicodemos, Dr. Zezito, Paulo Torres, Washington Madeiro,
Antônio de Euzébio, Dedé Tavares, Maurício Macedo, Marcondes Patrício e Magliônio Patrício.


Aquelas semanas, da segunda metade dos anos 70, das quais Welington foi grande entusiasta, trouxeram shows antológicos para Brejo Santo, como O Pessoal do Ceará (Ednardo, Rodger e Téti), no Brejo Santo União Clube e o recital de Cante Lá que eu canto cá do grandioso Patativa do Assaré, do homônimo livro, à época recentemente lançado pela Editora Vozes. 

Ednardo, Téti e Rodger.
Patativa do Assaré

Nessa época, conhece Gislaine Sampaio, que recentemente chegara do estado de Goiás. Iniciam um namoro, noivam em um ano. Em 1978, Gislaine logra aprovação no curso de psicologia, também no Recife, e passa a fazer parte daquela turma efervescente. Welington conclui a faculdade em 1982, casam-se em 1983. Mudam-se para Campinas-SP, onde ele se especializa em cirurgia vascular e ultrassonografia. Terminados os estudos em residência, Welington só pensa em poder retornar para Brejo Santo. Em 1986, já com o primogênito Guilherme nos braços, regressam. 

Com Gislaine, no Natal de 1979, no Brejo Santo União Clube.

Não diferentemente do que ocorria no nordeste, a cidade ostentava níveis de mortalidade infantil elevados; saneamento básico deficitário; zonas periféricas em processos de favelização. A medicina que se realizava era praticamente diagnóstica, porque havia dificuldades para tratar até as doenças endêmicas mais simples. 

Aspecto do Alto da Bela Vista - Serrote, no final dos anos 80.
Quando o surto de AIDS ganhou o mundo, causando uma onda de pavor, principalmente nas regiões pobres e desinformadas, Dr. Welington percorria Serrote, Morro Dourado, Cavaco, com um projetor e uma pasta de transparências, explicando à população dos riscos e dos métodos de prevenção. 

Em 1988, toma consciência de que a política seria o caminho mais eficaz para realizar mudanças profundas em tudo aquilo que lhe inquietava. Retomando uma tradição familiar, já que seu avô materno, João Inácio de Lucena (João Chicote), ocupara a intendência do município nos anos de 1912/1914 e 1919/1927, e João Landim da Cruz, seu avô paterno, fora vereador, José Welington Landim lança-se a prefeito, em chapa com Dr. Francisco Furtado como vice. Sagram-se vencedores. Uma nova era de progresso inaugura-se na cidade.


A Administração Jovem. Welington Landim, Chico Furtado e seus secretrários: Prof Macedo,Valmir Lucena, Cezinha Siqueira, Gilson Leite, Haroldo Lucena, Maglionio, Welilvan Landim.

De 1989 a 1992, Brejo Santo se torna um campo aberto de obras. O sério problema de abastecimento de água da cidade é contornado logo no começo de sua gestão. Praças e avenidas ganham novos contornos; as zonas da periferia, estigmatizadas pela miséria, têm suas taperas e casas de taipa substituídas por moradias populares, com ares da dignidade. Welington é um entusiasmado, que logo ganha a confiança de toda a gente.


Em 1994, elege-se deputado estadual e inicia profícua carreira na Assembleia Legislativa, tonando-se um dos mais respeitados entre seus pares. Conhecido por sua persistência, carisma e pelos seus ideais grandiosos em prol do homem simples cearense, Welington torna-se um arauto da Transposição das Águas do Rio São Francisco. Em 1995, entrega nas mãos do presidente Fernando Henrique Cardoso, um abaixo-assinado com um milhão de assinaturas de nordestinos requerendo a realização da obra. Chegou a visitar o Estado de Israel e lá se encantou vendo uvas nascerem num deserto no meio do nada, em cultura irrigada. Aquilo deveria ser um modelo de desenvolvimento a ser implementado no semiárido nordestino. A bandeira em prol da execução do projeto de transposição de águas do Rio São Francisco tornou-se uma causa de vida, uma luta na tribuna e onde lhe fosse oportunizada a voz. 

Seus discursos eram inflamados de paixão por sua terra e pela causa do sofrido homem do campo; do mais humilde; dos sem perspectivas. Multidões se aglomeravam para ouvi-lo, abraçá-lo. Sua obsessão era o progresso de sua gente. Conhecia cada canto de Brejo Santo, como se fosse sua própria casa, e gente dos mais distantes distritos, como se fosse parente seu. A construção do seu respeito e de sua confiança se deu nesse olho no olho. Não demorou muito para ser liderança no Cariri Oriental, representando os municípios circunvizinhos. 

Welington Landim e sua família, em Brasília. Início dos anos 90.

A despeito da agitada vida política, encontrava refrigério na família, seu suporte afetivo, sua alegria maior. Sua paz era poder estar junto da dedicada esposa Gislaine e dos seus quatro filhos: Guilherme, Welington Filho, Gilvan e Bárbara, num sítio, no seu Brejo, catando mangas ou deitado numa rede, ouvindo Chico Buarque, Elis ou Paulinho da Viola. 



Por quatro anos (1999-2000 e 2001-2002), exerceu a Presidência da Assembleia Legislativa do Ceará. Em 2002, rompe com Tasso Jereissati e candidata-se ao Governo do Estado, ficando em quarto lugar na disputa vencida por Lúcio Alcântara contra José Airton. 

Em 2006, retorna à Casa de Leis, reelegendo-se em 2010 e 2014, sempre com expressiva quantidade de votos. 



Concomitante ao período em que representava o povo na ALEC, as administrações municipais de Brejo Santo estiveram, no mais das vezes, atreladas às suas diretrizes de liderança, a exemplo de Chico Furtado (1993-1996), Wider Landim (1997-2000 e 2001-2004) e Guilherme Landim (2009-2012 e 2013-2016). O progresso seguiu seu curso, a cidade cresceu, e importantes prêmios de reconhecimento foram conquistados, destacados exemplos de boa gestão, em nível nacional. 

Com o filho, então prefeito Guilherme Landim, que sucede a tradição paterna.

No fatídico dia de 31 de maio de 2015, de forma inesperada, Welington Landim é internado em estado gravíssimo, com diagnóstico de meningite bacteriana. Em 09/06/2015, depois de angustiantes dias internado na UTI do Hospital São Mateus, em Fortaleza, é declarado seu óbito. Grande comoção tomou conta de todo o estado do Ceará. No mesmo dia, o corpo é velado em cerimônia especial, da Assembleia Legislativa, onde recebeu emocionadas homenagens de seus pares. O féretro foi trasladado, de avião, até Juazeiro do Norte. Ali, uma carreata a perder de vista aguardava, para seguir o trajeto até sua terra natal. 

Era quase meia-noite quando o cortejo passou por Missão Velha que, condoída de lamento, fez toda sua gente sair às calçadas, em reverência ao político que por ali também foi benfeitor. 

Em Brejo Santo, logo cedo, as ruas tornaram-se estreitas para a gente que se dirigia até o Ginásio Welingtão, onde o corpo era velado. Uma multidão nunca vista ocupou o local. Uma procissão formava imensurável fila, que seguia ao longo do dia, vencendo a noite, para se despedir, com um último olhar de agradecimento, do grande líder que fora em vida. 

Um mar de coroas de flores inundava o ambiente. Até seus mais ferrenhos adversários políticos, em sinal de respeito e reconhecimento ao seu caráter e espírito de concórdia, solidarizaram-se nesse gesto. Lideranças políticas de toda a região, do cenário municipal, estadual e federal se fizeram presentes, a exemplo do governador Camilo Santana e de Ciro Gomes. 

A Missa de Corpo Presente foi celebrada pelo bispo Dom Fernando Panico e contou com a presença do Monsenhor Dermival de Anchieta Gondim e outros líderes religiosos das paróquias vizinhas. Antes de o corpo seguir até o Cemitério São João Batista, em fraterno discurso rasgado de emoção, Guilherme Landim arrancou lágrimas de quem lhe assistia. Terço na mão, oração de São Francisco na outra, honrou a memória do pai, um homem público de irrepreensível trajetória. 




Já agora, neste mês de junho, cinco anos depois dessa precoce perda, de repente uma manchete no jornal me chama à atenção: Ceará se prepara para receber as águas da Transposição do Rio São Francisco. Parei por um instante, ilustrei na minha mente a chegada dessas águas, aquela promessa tão distante, que ouvia desde menino. Imediatamente eu me lembrei de Dr. Welington Landim, a voz mais eloquente na luta por essa causa. Não há, ali no estado, quem não reconheça seu empenho para que as águas do Velho Chico trouxessem vida às regiões mais secas dos estados irmãos. 




As desejadas águas já se encaminham ao Ceará, entrando pelo Cariri, em faraônica obra que leva o nome de Cinturão das Águas Welington Landim, eternizado nessa justa homenagem. A água será captada em Jati, seguindo por Porteiras, Brejo Santo, Abaiara, Missão Velha, Barbalha, Crato e Nova Olinda e desembocará no rio Cariús. 

Evoco Câmara Cascudo para lembrar-me desse conterrâneo ilustre: “Quem não tiver debaixo dos pés da alma, a areia de sua terra, não resiste aos atritos da sua viagem na vida, acaba incolor, inodoro e insípido, parecido com todos.” Brejo Santo não foi somente a terra de Welington Landim, foi sua pátria, a causa de sua vida, seu amor maior, o seu grande orgulho. Ele merece todo o nosso respeito. 

O Brejo é Isso!

Hérlon Fernandes Gomes, 09 de junho de 2020, Porto Velho, Rondônia.