A Munganga Promoção Cultural

A MUNGANGA PROMOÇÃO CULTURAL: O Brejo Isso!

domingo, 2 de junho de 2019

HOMENAGEM À MEMÓRIA DO CORONEL BASÍLIO

    Transcrevemos na íntegra, o livreto intitulado de "Homenagem à memória do coronel Basílio Gomes da Silva, o honrado chefe de Brejo Santo", escrito pelo Padre Leopoldo Fernandes Pinheiro, em julho de 1940.
    Essa transcrição está publicada no livro "História Politico-Social Brejo-Santense", escrito por Francisco Mirancleide Basílio Cavalcante e Francisco Leite de Lucena, 2008, Brejo Santo, Ceará.

Homenagem à Memória do Coronel
Basílio Gomes da Silva
O honrado chefe de Brejo Santo

Capa do livreto do Pe. Leopoldo Fernandes,
 publicado pela Tipografia Manhã, Crato, 1940.

    As primeiras horas da manhã do dia 08 de abril do corrente ano, faleceu, em Brejo Santo, o venerado coronel Basílio Gomes da Silva, que era, com justiça, tido naquela cidade, como o patriarca da terra.
    Cidadão que vinha de longe nos círculos políticos e sociais do Cariri, o extinto foi uma das figuras de mais relevo, de mais larga projeção, de atuação mais acentuada, na vida pública desta região, mormente em seus períodos mais agitados, quando mais acesas iam as lutas partidárias, e o predomínio político se decidia, quase sempre por golpes de força, em que triunfava, não a força do direito, mas o direito da força, representando no cangaceirismo que trouxe, em agitação contínua, durante muitas dezenas de anos, esta privilegiada região do Ceará.
    Foi nesse cenário de altos e baixos, de insegurança e de incertezas, quando o prestígio dos chefes locais dependiam mais do número de bandidos de que podiam dispor, que de sua própria força moral ou mesmo eleitoral, que a personalidade do coronel Basílio se destacou, como uma exceção honrosa, nos processos então dominantes na política do Cariri.
    Conheci-o em fim de 1911, quando, por determinação do Sr. Bispo de Fortaleza, assumi as funções de Vigário em Brejo dos Santos, em substituição ao pranteado do saudoso padre João Casimiro Viana. Não foi sem muito custo que aquiesci á ordem superior, assustado com as notícias que me chegavam desta zona, onde, segundo se afirmava, as menores questões se resolviam ao troar do famoso bacamarte, ou ao pestanejar da temida lâmina do punhal.

O Tenente-Coronel da Guarda Nacional
Basílio Gomes da Silva,
recebeu a patente assinada pelo próprio
 Presidente da República, Floriano Peixoto, em 1892.
Basílio Gomes da Silva foi nomeado
 Tenente-Coronel da Guarda Nacional,
 N° 83°do Batalhão de Infantaria, 
da Comarca de Aracati.
Fonte: Jornal Gazeta de Notícias (RJ); Ano XVII;
N° 234; 22.08.1892; pág. 01.

    O meu primeiro encontro com o venerado cidadão me assegurou que pisava em terreno firme em meio a confusão e a desordem que morriam nos limites do Município beneficiado por insigne varão.
    Fácil me foi perceber que se me defrontava um chefe político de real valor, de marcante influência social no meio em que vivia, mas que ignorava, ou melhor, repelia todo e qualquer método partidário que implicasse outro meio de orientar, de dirigir os destinos políticos do Município, que não o da persuasão, principalmente, que foi virtude que, por excelência, assinalou, com traços fortes, o longo período de sua existência.
    Aquele tempo, o coronel Basílio, sem exercer nenhuma função publica, se achava, contudo, no fastígio do poder. Gosava da mais absoluta confiança do então Presidente do Estado, e dispunha, a bel prazer, de todas as posições do Município.
    A região caririense, ainda mal ferida de dolorosas lutas que a ensanguentavam, emprestando-lhe uns acentuados laivos de barbaria, agitava-se, numa perspectiva sombria, para novos conflitos, novos assaltos, em que se punham em risco a vida de muitos e as propriedades de todos.
Brejo dos Santos, porém, isolava-se em meio as tormentas que batiam de todos os lados, como um oásis de paz, de bem-estar e segurança, graças a ação prudente e pacífica de seu ilustre chefe.
    O fato tinha para mim um cunho profundamente extraordinário, e não me cansava de admirar como um homem, intimamente político, cioso de seu prestígio e do renome de sua influência, conseguia escapar aos manejos ignominiosos por que se processavam e se resolviam os problemas políticos do Cariri. E isto com a circunstância altamente expressiva de não perder a amizade e o respeito de seus pares na administração das demais comunas da região caririense.
    A atitude tão respeitável e merecedora dos maiores e legítimos encômios me fazia relembrar sempre o que um dia respondeu Aristipo aos aos que o interpelavam sobre que coisa mais admirava entre os mortais. Um homem virtuoso entre muitos estragados, respondeu o filósofo com facilidade e mais ainda com acerto. Sem avisar com esta judiciosa observação, a personalidade de nenhum chefe caririense, não posso deixar de ressaltar que ela ajustava de modo perfeito ao senhor dos domínios brejo-santenses.

Casarão da Nascença, ponto inicial do povoamento de Brejo Santo,
posteriormente pertencente ao coronel Basílio.

    Ao prestígio do coronel Basílio, deve Brejo Santo a sua elevação a categoria de Vila, logo nos primeiros anos da República, cabendo-lhe as funções de administrador do Município, cargo em que se houve com a mais absoluta honradez e operosidade, num longo período de 18 anos ininterruptos. Durante este largo espaço de tempo, e também durante os anos que se seguiram, em que o digno cidadão foi senhor da situação política da terra, aquele Município jamais conheceu, como fizemos notar, os choques que traziam em desassossego as populações de outros Municípios, pobres vítimas da ferocidade rústica de patronos de bandidos, improvisados em chefes da política.
    E nem era que em Brejo dos Santos faltassem espíritos turbulentos, criaturas para quem os métodos da política reinante, tinham um sabor especial, denunciando as tendências íntimas do seu próprio espírito. Mais de uma vez assisti, naquela cidade, a um desses levantes armados, ameaçando a paz daquela gente, numa explosão de ódios e de vingança. Quando tudo parecia converter-se em sangrenta deflagração, Basílio, impondo, apenas com a sua autoridade moral, o desarmamento de todos e consequentemente tranquilidade da população que podia voltar, desassustada, as suas habituais ocupações.
    Costumava dizer que o melhor meio de vencer os maus, é ser bom, e não fazer o que eles fazem. E com esta filosofia puramente cristã, onde vêm esbarrar e morrer certos princípios falsos e perniciosos, que medem o homem como um produto do meio, uma resultante fatal de influências exteriores, pôde o ilustre chefe caririense levar a bom termo o governo do seu Município, durante o longo período de quase trinta anos.

Punhal pertencente ao coronel Basílio Gomes.

    Em seus modos, em sua compostura, na ordem de suas ações e principalmente no exemplo edificante de sua vida, estava o segredo de suas vitórias. Razão de sobra tinha, pois, quem afirmasse que as misérias humanas não têm cara para aparecer senão onde se não conhecem ou se não estranham.
    Numa época em que o cangaceirismo formava como que a corte de numerosos chefes políticos, em torno do coronel Basílio jamais se viu um homem sobraçando um rifle, ou pondo a mostra outra arma qualquer que denunciasse estar o pacífico cidadão amparando os ominosos processos condenados pela rigidez de seu caráter e repelidos pela dignidade de seu próprio exemplo pessoal.
    Homem sem letras, tinha viva a inteligência e profundamento lúcido o sentido de observação.     Não foi por falta de suas sensatas advertências, que mais de um chefe político desta região, viu, de momento, desaparecer todo o seu prestígio. Só um exemplo.
    Nas proximidades da deposição do coronel Belém, o mais célebre chefe político do sul do Estado, e também vice-presidente do Ceará, o coronel Basílio veio a esta cidade, hospedando-se na residência do mesmo, que era seu amigo e compadre.
    Depois de sondar o ambiente em que atuava o domínio político daquele cidadão, o coronel Basílio observou-lhe com aquela sinceridade e ela, reza, notas marcantes de seu caráter: "Compadre, acabo de visitar a cidade e falei com várias pessoas de destaque. Permita que lhe diga: você já governou muito tempo. É o momento de arranjar um substituto. Há certas circunstâncias na vida em que o homem fica em melhores condições, trocando o posto de comando pela situação de soldado."


Coronel Basílio Gomes com dois oficiais, no pátio do Casarão da Nascença, 1917.

    O conselho não foi atendido e, dizem, foi repelido com mofa por vir de um homem que não conhecera nunca a resistência armada contra os adversários. Resultado: poucos meses depois subleva-se grande parte da população cratense, e o prestigiado chefe perde todas as posições, com a mais dura contingência de ser forçado a deixar a terra onde governara por longos anos.
    Pode ser que o resultado da rebelião haja sido uma dolorosa surpresa para o coronel Belém, mas não foi para seu amigo e compadre que percebeu, num ligeiro contato com pessoas de influência na cidade, a situação precária daquele a quem em tempo procurava salvar.
    Como chefe de numerosa e distinta família, não foi menos nobre e honrada a vida do prestigiado cidadão.
    Cultivando com esmero e cuidado as tradicionais virtudes cristãs, que ungiam os antigos lares com o perfume do respeito e da confiança mútua, soube o coronel Basílio alimentar junto a sua grande descendência, aquela famosa aura patriarcal, que lhe deu o direito de ser considerado como um dos mais ilustres e dignos chefes de família nesta região do sul do Estado.

                              
     Na foto: Brejo Santo, em 1918. Figuras representativas do Município em cordial reunião na Casa Paroquial. Sentados da esquerda para a direita: Cel. Manoel Inácio Bezerra, Prefeito na época; padre Raimundo Monteiro Dias, que foi Vigário no período de 1913-1915; padre João Alboíno Pequeno, pároco na época, filho de Crato e falecido como Monsenhor, em São Paulo, Capital; padre Plácido Alves de Oliveira, Vigário de Milagres; Cel. Basílio Gomes da Silva, que governou o Município de 1893 a 1909, chefiando o Partido Republicano Cearense (Aciolino), em cuja legenda figurou como candidato a Deputado Estadual nas eleições de 1896; João Gomes de Moura. Em pé na mesma ordem: Manoel Inácio de Lucena (Cel. Manoel Chicote), Prefeito em 1912-1914; Cel. Manoel Leite de Moura, Prefeito no período de 1929-1930, José Leite de Moura, irmão do precedente; Antônio Gomes de Santana (Antônio Generosa); Antônio Teixeira Leite (Antônio da Piçarra); Misael Fernandes Pinheiro, Coletor Estadual; Alcides Cavalcanti, primeiro Agente da Estação Telegráfica, natural de Alagoas; Emanoel Antônio Cabral (Bom de Ouro); José Luís Tavares Campos, Joaquim Gomes da Silva Basílio (Quinzô), Prefeito de 1914-1916; José Nicodemos da Silva, irmão do precedente, Prefeito no período de 1918-1919. Foto de Osael. Fonte: AQUINO, J. Lindemberg de; Valorização do Cariri; Revista Itaytera; Ano III; Nº III; pág. 190; Crato-CE; 1957.



    Todos o ouviam, todos o acatavam, a todos sabia ele distribuir, no momento oportuno, o conselho de pai carinhoso e desvelado, ou a advertência necessária do chefe de que não queria ver desautoradas as normas que devem regular os membros de famílias numerosas.
    Homem de costumes austeros, jamais violados por um desvio que quebrasse a sua irresponsável linha de conduta, pública ou particular, foi igualmente um esposo que soube honrar a sua santa e inesquecível companheira a quem dedicava todo carinho de sua alma, a bondade imensa de coração.
    Quanto teriam de aprender as atuais gerações daquele austero cavalheiro, no respeito sagrado que consagrava no venturoso lar!
    O coronel Basílio nasceu em Águas Belas, estado de Pernambuco, aos 14 de julho de 1846. Ao falecer faltava-lhe pouco mais de três meses para atingir a avançada idade de 84 anos. Pelo lado paterno descendia da tradicional família do capitão-mor Sebastião Rocha Pita, que representou papel saliente nos sertões da antiga Província da Bahia.
    Fim de 1858, seus pais José Francisco da Silva e D. Ana Maria da Conceição, por injunções do situacionismo político, deliberaram emigrar para o Ceará, onde se estabeleceram, no sítio Nascença, ao pé da hoje cidade de Brejo Santo. Em meio os numerosos membros da distinta família, distinguiu-se logo o jovem Basílio Gomes da Silva por sua operosidade e os lances seguros e certeiros que deixavam entrever, bem longe ainda, o cidadão que deveria encher mais de meio século, com a nobreza de um caráter rígido e austero, aliada a bondade de um coração sempre aberto as misérias alheias e compadecido do infortúnio de quantos o procuravam.
    Foi em 1869 que se uniu,pelos lações do matrimônio, com D. Maria da Conceição de Jesus. Senhor de certo recurso, resolveu estabelecer-se com casa de tecidos, empreendendo para isto um longa viagem a Pão de Açúcar, estado de Alagoas, então um dos empórios comerciais mais importantes onde se abasteciam os comerciantes desta região.
    A boa sorte sempre bafejou em seus negócios, o que lhe valeu tornar-se em poucos anos, o negociante mais próspero daquela localidade que apenas começara a desenvolver-se.
    Amando a terra que lhe dera uma companheira desvelada e santa de par com certa abundância que lhe garantia algum conforto, tratou logo de pleitear junto ao governo os primeiros benefícios que poderiam caber a um humilde lugarejo ainda não registrado na geografia do Estado. Foi assim que em 1875, por uma Lei do Presidente da Província, o antigo Brejo da Barbosa, recebia as insignias de Distrito com o nome de Brejo dos Santos, anexada a então comarca de Jardim. Mais ou menos nessa época, o Sr. Dom Luiz criou a Freguesia, erigindo a capela do Sagrado Coração, em Matriz, desmembrando-a da de Milagres e Jardim.
    Foi ainda pelo prestígio do coronel Basílio que, em 1890, o distrito de Brejo dos Santos foi elevado a categoria de Município, e a localidade, já relativamente desenvolvida, recebia, entre alegres festejos populares, o Brasão que a consagrava Vila para todos os efeitos. Foi seu primeiro administrador o coronel Basílio que, como já foi dito, dirigiu pessoalmente os destinos da terra durante 18 anos ininterruptos.
    Em 1919 o céu lhe arrancou a companheira de meio-século, abatendo, com tão profundo golpe, as energias físicas do venerado ancião.


    Apagara-lhe a lâmpada que lhe iluminava as derradeiras curvas da existência. Os dias se lhe tornaram, então, sombrios, afogando-o nas trevas de uma tristeza imensa que prolongou até a morte.
    O carvalho, quando o fere um raio do céu, inclina-se para a terra, mas do cume da haste se destaca o derradeiro galho, procurando sorver na amplidão do espaço, uma gota de orvalho que salve das inclemências do sol,a grande árvore abatida.
    O coronel Basílio, abatido pela velhice e pela viuvez que lhe dilacerava a alma, encontrou na noite de seus derradeiros anos, não o orvalho que se forma nas baixas camadas atmosféricas, mas esta preciosa gota de luz que cai dos olhos de Deus nas almas daqueles que nunca se moveram sem os acenos da Providência Divina.
    Recolheu-se aos aposentos para fazer o último e talvez o primeiro retiro da sua vida. Mas um retiro de 20 anos, em que Deus foi o primeiro de seus confidentes, a mira que nunca se afastou de suas aspirações e de seus anseios.

Casarão do coronel Basílio Gomes da Silva, edificada no ano de 1872,
estando localizada na Avenida que leva seu nome, sendo popularmente
conhecida como Rua da Taboqueira.

    Ao vê-lo assim na terra, vivendo no céu pela contemplação de Deus, dele bem podia ajuizar o que diz o Espírito, que o prêmio de sua vida imaculada era a sua velhice venerável. Foi nessa atitude de santa e doce resignação que a morte veio lhe bater a porta, naquela madrugada fria de 06 de abril último. Não o surpreendeu aquela visita que é pavor de muitos e tristeza de quase todos. Ele, que tinha sempre o Evangelho sob o olhos, lera em São João, que o Senhor que nos veio dar a graça, disse que viera dar a vida: Ego veni, ut vitam habeant (Eu vim, para que tenham vida). Baixou a sepultura entre lágrimas de seus filhos e parentes e do povo profundamente agradecido.

Jazigo da família Leite Basílio, onde se encontra os restos mortais
do coronel Basílio Gomes da Silva.

    Em torno de seu esquife gemiam milhares de corações anuviados pela tristeza daquele dia de luto-derradeira consagração aquele que se consagrava inteiramente a terra que deixava envolta na penumbra triste de uma saudade infinita.

Crato - CE, julho de 1940.

Padre Leopoldo Fernandes Pinheiro


Fonte Bibliográfica:

- Pinheiro, Leopoldo Fernandes, Homenagem à memória do coronel Basílio Gomes da Silva, o honrado chefe político de Brejo Santo, 1940, Tipografia Manhã, Crato, Ceará.



Quem foi padre Leopoldo Fernandes Pinheiro?



    Natural de Solonópole - CE, foi Professor do Colégio Diocesano, no Seminário Episcopal, no Colégio Santa Tereza e na Escola do Comércio, todos em Crato. Sempre integrou a turma dos intelectuais da terra e foi um dos componentes do famoso Congresso de Poesia, realizado em Crato, em resposta aos suntuosos e vazios Congressos de Poesia, nas décadas de 1930-1940, em todo o Ceará. Padre Leopoldo Fernandes Pinheiro veio para Brejo Santo acompanhado de seus irmãos: Mizael Fernandes Pinheiro (Coletor Estadual) e Maria Fernandes Pinheiro Basílio, D. Doninha (Telégrafa e matriarca da família Pinheiro em nossa cidade), tendo sido Vigário Cooperador em Brejo Santo, no período de 1911 a 1913.
    Orador de mão cheia, também escrevia sobre assuntos vários, notadamente históricos e genealógicos.
    Jornalista de raros recursos e grande conhecimento, não era muito sociável, todavia.


Fonte Bibliográfica:

- Cavalcante, Francisco Mirancleide Basílio, Memórias de Brejo Santo, Dados biográficos dos homenageados em logradouros públicos, 2001, Brejo Santo, Ceará.
- Nóbrega, Fernando Maia da, Brejo Santo sua história e sua gente, de Brejo da Barbosa a Brejo Santo, Breve sinopse do município, 1981, Brejo Santo, Ceará.


O Brejo é Isso!

Bruno Yacub Sampaio Cabral
Pesquisador









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