A HISTÓRIA DA RODOVIA FEDERAL TRANSNORDESTINA BR 13
Rodovia BR 116 no início dos anos 1990. |
A hoje conhecida estrada do Baixio do Boi foi a porta de entrada de Brejo Santo até o começo da década de
1940. Com a chegada da construção da Rodovia Federal Transnordestina BR 13, hoje Rodovia BR 116
Padre Cícero Romão Batista, houve as adequações geográficas do lugar para receber umas das principais estradas do país, ligando Brejo Santo às demais regiões do Brasil.
A estrada que liga a zona urbana de Brejo Santo à região do sítio Baixio do Boi foi a principal entrada da cidade até os anos de 1940. |
Estrada que liga Brejo Santo à região do sítio Baixio do Boi. |
A estrada militar foi construída durante o governo
Getúlio Vargas, cujo estudo foi realizado pelo general Manuel Rabelo. A Rodagem consistia em passar na altura onde hoje se
localiza a Malhada do Boi, antes do povoado de São Sebastião.
Fernando Leite Tavares, filho de
Brejo Santo, era na época, Diretor de Saúde da Inspetoria Federal de Obras contra
as Secas, IFOCS (hoje, DNOCS), e este órgão, responsável pelas obras.
Visando uma oportunidade de
desenvolvimento e progresso para a cidade, o então Interventor, José Matias
Sampaio, solicita a Fernando Leite que reivindique, junto ao IFOCS, a mudança
do traçado do projeto da Rodovia para o local onde se encontra atualmente,
sendo o terreno doado pelo pai de Fernando Leite Tavares, o ex-intendente da vila de Brejo dos Santos, coronel Manuel
Leite de Moura.
A Rodovia Transnordestina BR 13,
hoje BR 116 Padre Cícero Romão Batista, foi concluída em 1944 e passava pelo
subúrbio da cidade, cortando os sítios Cacaré e Regato (hoje, a Avenida João
Inácio de Lucena).
Equipe de topografia realizando sondagem para aplicação de asfalto na BR 116. Registro feito provavelmente na década de 1970. |
Dona Marineusa, em seus relatos
de memórias, nos traz um panorama de como era a Rodagem na década de 1940.
Com a construção da Rodovia Transnordestina,
mais uma opção de lazer foi apresentada ao nosso povo. Á tardinha, os moradores
da nossa cidade costumavam passear pela rodagem forrada por piçarra com muitos
seixos. De braços dados, as pessoas faziam a caminhada enquanto conversavam
animadamente e conservavam paisagem. Algumas caminhavam em direção da Singapura
e do Xique-Xique, enquanto outras preferiam fazer o percurso em direção a
Melancia.
Eu, como as demais crianças,
também participava do passeio junto aos adultos e aproveitava para catar e
colecionar pedrinhas para a brincadeira do jogo de “xibiu”.
O percurso que eu mais gostava era o que tinha início na esquina da Av. Santos Dumont com a Tiradentes (atual esquina da Av. Antônio Denguinho de Santana com a Av. Prefeito João Inácio de Lucena) da bomba de gasolina, da agência de Neco Jacinto, onde estava sempre o bombeiro Domício, até o campo de futebol, antes das Duas Lagoas.
Por Bruno Yacub Sampaio Cabral
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BR 116 cruzando o centro de Brejo Santo. Foto: Lucas Macedo/ @brejoemfoto |
BR 116 cruzando o centro de Brejo Santo. Foto: Lucas Macedo/ @brejoemfoto |
Referência bibliográfica
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