A Munganga Promoção Cultural

A MUNGANGA PROMOÇÃO CULTURAL: O Brejo é Isso!

domingo, 16 de agosto de 2020

BREJO SANTO E A RODAGEM

 

A HISTÓRIA DA RODOVIA FEDERAL TRANSNORDESTINA BR 13

Rodovia BR 116 no início dos anos 1990.

A hoje conhecida estrada do Baixio do Boi foi a porta de entrada de Brejo Santo até o começo da década de 1940. Com a chegada da construção da Rodovia Federal Transnordestina BR 13, hoje Rodovia BR 116 Padre Cícero Romão Batista, houve as adequações geográficas do lugar para receber umas das principais estradas do país, ligando Brejo Santo às demais regiões do Brasil.


A estrada que liga a zona urbana de Brejo Santo à região do sítio Baixio do Boi
foi a principal entrada da cidade até os anos de 1940.


Estrada que liga Brejo Santo à região do sítio Baixio do Boi.


A estrada militar foi construída durante o governo Getúlio Vargas, cujo estudo foi realizado pelo general Manuel Rabelo. A Rodagem consistia em passar na altura onde hoje se localiza a Malhada do Boi, antes do povoado de São Sebastião. 

Fernando Leite Tavares, filho de Brejo Santo, era na época, Diretor de Saúde da Inspetoria Federal de Obras contra as Secas, IFOCS (hoje, DNOCS), e este órgão, responsável pelas obras.

Visando uma oportunidade de desenvolvimento e progresso para a cidade, o então Interventor, José Matias Sampaio, solicita a Fernando Leite que reivindique, junto ao IFOCS, a mudança do traçado do projeto da Rodovia para o local onde se encontra atualmente, sendo o terreno doado pelo pai de Fernando Leite Tavares, o ex-intendente da vila de Brejo dos Santos, coronel Manuel Leite de Moura.

A Rodovia Transnordestina BR 13, hoje BR 116 Padre Cícero Romão Batista, foi concluída em 1944 e passava pelo subúrbio da cidade, cortando os sítios Cacaré e Regato (hoje, a Avenida João Inácio de Lucena).


Equipe de topografia realizando sondagem para aplicação de asfalto na BR 116. 
Registro feito provavelmente na década de 1970.


Dona Marineusa, em seus relatos de memórias, nos traz um panorama de como era a Rodagem na década de 1940.

Com a construção da Rodovia Transnordestina, mais uma opção de lazer foi apresentada ao nosso povo. Á tardinha, os moradores da nossa cidade costumavam passear pela rodagem forrada por piçarra com muitos seixos. De braços dados, as pessoas faziam a caminhada enquanto conversavam animadamente e conservavam paisagem. Algumas caminhavam em direção da Singapura e do Xique-Xique, enquanto outras preferiam fazer o percurso em direção a Melancia.

Eu, como as demais crianças, também participava do passeio junto aos adultos e aproveitava para catar e colecionar pedrinhas para a brincadeira do jogo de “xibiu”.

O percurso que eu mais gostava era o que tinha início na esquina da Av. Santos Dumont com a Tiradentes (atual esquina da Av. Antônio Denguinho de Santana com a Av. Prefeito João Inácio de Lucena) da bomba de gasolina, da agência de Neco Jacinto, onde estava sempre o bombeiro Domício, até o campo de futebol, antes das Duas Lagoas. 

Por Bruno Yacub Sampaio Cabral


Conheça o seu lugar.

O Brejo é Isso!


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BR 116 cruzando o centro de Brejo Santo.
Foto: Lucas Macedo/ @brejoemfoto

BR 116 cruzando o centro de Brejo Santo.
Foto: Lucas Macedo/ @brejoemfoto


Referência bibliográfica

- LEITE, Maria Santana; Reminiscências; Brejo Santo - CE; 2000.
- MACÊDO, Lenira; Juarez: Questão de honra, coragem e missão; Expressão Gráfica Editora; Brejo Santo - CE; 2009.
- SILVA, Otacílio Anselmo e; Esboço Histórico do Município de Brejo Santo; em revista Itaytera N° 2; Instituto Cultural do Cariri; Crato; 1956.

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